Objetivo do projeto

Ações de recuperação ambiental de nascentes e áreas degradadas da bacia hidrográfica do rio Potengi visando a melhoria da disponibilidade hídrica

Metas do Projeto

Meta 1 – Diagnóstico socioeconômico e ambiental

Serão realizados levantamentos de dados sobre o clima, hidrologia, uso do solo, tipos de solo, geologia e relevo da bacia hidrográfica do rio Potengi. Esses dados serão obtidos de fontes confiáveis, como instituições nacionais e estaduais, e serão utilizados para realizar um diagnóstico e identificar as áreas que precisam ser recuperadas e conservadas, incluindo nascentes, matas ciliares e corpos d'água danificados.

Também será feito um diagnóstico das condições de saneamento básico nos municípios da bacia, utilizando dados secundários de instituições confiáveis. Esses levantamentos fornecerão informações sobre as condições socioeconômicas e sanitárias da bacia do rio Potengi.

A definição das áreas de atuação para a recuperação das nascentes e áreas degradadas será baseada na análise das variáveis físico-naturais e socioeconômicas, usando técnicas de análise multicritério e software de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Serão identificadas áreas críticas da bacia e, para as áreas degradadas, será realizada uma análise do uso e ocupação do solo utilizando imagens orbitais. Visitas de campo também serão realizadas para validar as áreas a serem recuperadas e identificar os tipos de solo associados a cada uso, a fim de avaliar seu grau de degradação.

Para as nascentes, serão realizadas visitas no local para diagnosticar a qualidade ambiental das Áreas de Preservação Permanente (APP) e obter informações essenciais para as ações de recuperação da vegetação e das nascentes.

Meta 2 – Ações de educação ambiental

Essa meta será dividida em três estapas descritas abaixo:

Mobilização da comunidade local: 

Nesta etapa, serão realizadas ações para apresentar o projeto às autoridades e líderes locais, visando garantir o envolvimento e apoio da comunidade durante o processo de construção participativa. Serão realizados seminários em cada município da região, onde serão apresentadas todas as atividades previstas no projeto. Serão distribuídos materiais de divulgação e registradas e divulgadas amplamente todas as ações, utilizando os meios de comunicação oficiais do projeto.

Oficinas de educação ambiental: 

Serão promovidas oficinas coletivas de educação ambiental para sensibilizar a população sobre a recuperação e conservação de nascentes e áreas degradadas, além do saneamento básico. Essas oficinas contarão com a participação da população local, estudantes e agentes públicos municipais. Serão realizadas palestras, distribuição de materiais informativos e debates para conscientizar sobre a importância das ações realizadas e seus benefícios para o meio ambiente.

Capacitação técnica:

 Será oferecido treinamento técnico para a equipe responsável pela execução das ações de recuperação. Além disso, será oferecida capacitação para os técnicos das secretarias municipais relacionadas à infraestrutura, meio ambiente e recursos hídricos. Essa capacitação tem o objetivo de manter um contato contínuo com as comunidades envolvidas e incentivar iniciativas locais, além de cobrar das autoridades locais ações de preservação e continuidade das atividades propostas no projeto.


Meta 3 – Validação das áreas de recuperação definidas no diagnóstico 

Para validar as áreas identificadas na Meta 1, j expeditos com Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). Estes, além de confirmarem a escolha dos locais alvos de intervenção, definidos no Diagnóstico socioeconômico e ambiental (atividade 4.1), possibilitarão o planejamento das etapas de recuperação.

Meta 4 – Recuperação de áreas de recarga

Após o diagnóstico e classificação da qualidade ambiental nas nascentes e áreas de preservação permanente (APPs), serão agrupadas características comuns para estabelecer o manejo da vegetação e da nascente, além de práticas conservacionistas de solo. O diagnóstico observará itens como a proporção de vegetação na área da APP, a ocupação por espécies nativas e exóticas, a declividade e o tipo de solo. Para recuperar esses locais, serão utilizadas abordagens de regeneração natural, como cercamento para proteção e técnicas de nucleação para atrair animais dispersores de sementes e facilitar a recuperação da área. As técnicas utilizadas serão avaliadas, considerando a velocidade de recuperação em cada caso.

A recuperação de áreas degradadas nas regiões de recarga da bacia foi planejada. Serão restaurados 15 hectares de áreas críticas identificadas no diagnóstico. O plantio e recuperação da vegetação ciliar será realizado, utilizando técnicas de nucleação, com mudas nativas da Caatinga Hiperxerófila e Florestas Caducifólias e Subcaducifólias. Serão adotadas práticas como criação de aceiros, controle de pragas, adubação e espaçamento adequado para o plantio. A mortalidade das plantas será monitorada e substituída, se necessário, e haverá controle de ervas daninhas ao redor das mudas.

Meta 5 - Proposição de monitoramento das ações de recuperação ambiental

Para avaliar a efetividade das atividades de recuperação, será feito um monitoramento regular das áreas. Serão realizadas visitas periódicas para verificar a taxa de mortalidade, o crescimento das plantas, a quantidade de espécies presentes e a cobertura do solo. Também serão acompanhados indicadores do solo relacionados ao controle de erosão, como a quantidade de argila, matéria orgânica, densidade e estoque de carbono orgânico. Além disso, serão feitos levantamentos aerofotogramétricos periodicamente como uma ferramenta adicional de monitoramento. O monitoramento a longo prazo será realizado pela equipe da Universidade, mas não faz parte deste Plano de Trabalho devido ao tempo de execução do projeto.

Meta 6 – Proposição de soluções de saneamento básico

Tendo em vista que o rio Potengi sofre com o lançamento de águas residuárias sem tratamento (Cunha, 2010), será realizada a proposição de soluções de saneamento básico (notadamente nos eixos de esgotamento sanitário e drenagem urbana) ou ações de educação ambiental que visem a retirada destes lançamentos nos pontos identificados como críticos na etapa de diagnóstico. Ressalta-se que, todas as proposições feitas no âmbito do saneamento serão indicativas, cabendo a elaboração de estudos de viabilidades, projeto básico e consequente execução a quem possa interessar.

Meta 7 – Comunicação social

Nesta meta, será elaborado um plano de comunicação social para unificar a mensagem do projeto e estabelecer as diretrizes de comunicação com o público-alvo. A gestão do conhecimento será importante para registrar e compartilhar as ações do projeto, aumentando sua visibilidade. Serão adotadas estratégias para fortalecer o fluxo de informações, melhorar a imagem e se comunicar com a sociedade e organizações, e também produzidos materiais educativos digitais e impressos, além de utilizar meios como um site institucional, redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter), boletins de notícias e materiais impressos como folders e cartilhas.